terça-feira, 20 de julho de 2010

Capítulo em construção...

Sobre a alta do Pedro e a internação...

Era só o que faltava: tantos dias esperando e eis que eu pego uma gripe ridícula no sábado.
Suspeita de alta do Pedro na segunda.
Imaginem minha raiva por não poder ficar do lado dele quando ele finalmente estivesse em casa?

Nunca tomei tanto remédio na vida.
Parei de falar. Friagem nem pensar.
E eis que na segunda, acordo bem melhor, mas não a ponto de poder vê-lo de perto.
No máximo um namoramento da porta do quarto e mesmo assim com máscara.
E super agradecida por não ser posta rua à fora...rs

Foi difícil, mas melhorei e finalmente pude estar mais perto.
Mas não por muito tempo.

Aline começa a se sentir mal, com as tais dores já conhecidas na quarta.
É internada na quinta.
Incômodo. Dor. Interrogações.

Descobre-se que as pedras da vesísula se rebelaram e resolveram num mutirão fechar a pista do canal calédoco, não deixando ninguém passar. Resultado? Dores e mais dores que nos fizeram odiar todo e qualquer médico por nunca se importarem o suficiente.
Ela teria que realizar um exame semelhante a uma endoscopia para retirar essas pedras revoltas e fazer um 'recapeamento da pista', alargando esse canal.

Porém, sabe-se Deus porquê, tal exame só poderia ser feito na segunda-feira de tarde.

Resumindo: madrugada de domingo em claro, vendo Aline morrer de dor, sem poder fazer nada. Forçamos uma barra e finalmente fizeram um exame de sangue e a sedaram.
Ainda tenho que ouvir um médico com cara de dinossauro burro me dizer:
- Essa dor é normal. Ela está com cálculos na vesícula. Ela tem que se acalmar.
- Mas doutor, essa dor forte não pode significar uma mudança no quadro dela? Um aumento das taxas do pâncreas?
- Xi... muito dificil. Pode ficar tranquila. Isso não muda assim, da noite pro dia. Sua irmã não vai morrer hoje.

Nunca quis tanto bater em alguém. Sério.

No dia seguinte, a conclusão: ela estava com Pancreatite, novamente.

Ouvir o nome dessa doença já me causa arrepios, justamente por saber de sua gravidade.
Novamente 'há um segundo tudo estava em paz'.

Aline finalmente realiza o famoso exame. É um sucesso. As pedras são todas desalojadas.
Mas o pâncreas continua inflamado, motivo de nossa preocupação.

Volta do exame com muita dor no ombro. O exame é feito com ela de lado.
Pedimos ajuda e novamente temos que ouvir que a dor faz parte.
Que ela precisa se acalmar.

Mais começo de madrugada em agonia vendo ela sofrer.
Até que num estalo experimento fazer massagens pelo corpo dela, juntamente com palavras de relaxamento.
Finalmente dá certo!
Ela cai no sono, de roncar...rs

Aproveito e corro pra internet pra pesquisar sobre o efeito de massagens em pacientes com dor. Minha amiga Dayana é enviada pelos anjos a conectar às duas da manhã para me dar dicas importantes de massagens.
Nesse meio tempo Aline acorda assustada e com novas dores.
Eu aplico as novas técnicas aprendidas e ela dorme na hora.

Salvou nossa noite.
De um jeito ou de outro, a gente deve ser mesmo protegida.

Até que hoje ela acorda bem, sem dores.
Disposta até.

Quem sabe eu diria, quase em paz...rs

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